Em maio de 2016, a Louis Vuitton veio ao Rio de Janeiro e fez um desfile lindo no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói. Além dos modelos que desfilaram, a LV Cruise trouxe para o Rio muitas celebridades, inclusive internacionais, como Alicia Vikander e Jaden Smith.

A primeira fila estava, em sua maioria, vestindo peças do desfile que tinha acontecido meses antes na Paris Fashion Week, para a coleção de outono da marca. Então foi a primeira vez que vi os coturnos do desfile, ganhando as ruas. Confesso que achei pesado, mas muito sofisticado.

A partir daí, o coturno que antes era visto apenas nas pessoas com estilo rocker e grunge, chegou fazendo par também com tecidos fluidos, permitindo uma variedade de composições e deixando os looks com muita personalidade.

Versatilidade

Os coturnos desfilados pela Louis Vuitton são de salto alto e grosso, com a sola tratorada e costuras em pesponto. Os modelos são bem estilosos e vão além básico preto, brincam com cores nos cadarços ou até mesmo com a logo da marca.

Mas, depois da LV, várias marcas fizeram o seu coturno e aos poucos a moda foi se democratizando e chegando aos pés de quem não pode dar tanto dinheiro em um par de sapatos.
O mais legal desta tendência que veio e ficou é que de fato mostra personalidade em quem usa. O coturno é tão versátil como uma sandália nude, ou um tênis branco (e agora o novo tênis “branco” o Vans Old Skool), onde qualquer look, qualquer mesmo, fica bem com ele.

Pense em um vestido fluido, bem angelical. Ele ficaria bem com a sandália de salto fino e tiras em nude, o tênis branco e o coturno! Sim. A diferença é que a sandália é o óbvio, o tênis é o comfy e o coturno a atitude. Ele quebra o paradigma e dá força à composição.

No Met Gala de 2016, o coturno esteve em algumas produções, por exemplo a atriz Jennifer Connelly que estava com um vestido com brilhos e o coturno. Selena Gomez foi outra que apareceu no baile de gala usando seu par de coturno.

Salto baixo

Para quem não gosta do salto alto em nenhuma ocasião, pode optar pelos coturnos sem salto, pois eles dão o mesmo charme às produções e podem ser usados seguindo o mesmo conceito. Se ficar com receio de descer do salto e ficar parecendo que está usando coturnos militares, opte pela versão em vinil, no lugar do couro, que você ganha no brilho que este material proporciona. Ou aposte em cores alternativas ao preto.

A vantagem do coturno de salto baixo é realmente o conforto, pois você pode usar durante um dia inteiro, fazer longas caminhadas que não cansa. Ideal para o trabalho, para shows ou para turistar.

Minha Dica

Sempre que eu puder me esquivar do uso de salto alto, eu assim faço, pois prezo muito pelo conforto, então quando fui comprar um coturno, não tive dúvida (se bem que experimentei muitos com salto) de que queria um sem salto. A princípio dá aquele medo de ficar deselegante, mas logo no primeiro uso, vemos que o que vai ditar se está bem ou não é toda a composição.

Viajei para a Europa durante a nossa primavera, ou seja, durante o outono europeu e levei apenas dois tênis (um esportivo e um branco, estilo Adidas Stan Smith), uma bota tipo montaria (porém de cano curto) e meu coturno de salto baixo. Então, o meu calçado estilo social, ou seja, o mais arrumadinho, seria o coturno!

Como estava frio, levei meias grossas, bem mais grossas que a fio 80, e vestidos. Usei todos os meus vestidos que usaria no verão com sandália ou tênis, porém com a meia de inverno e o coturno; e com casaco, obviamente. E adorei!

Para um estilo mais rocker, usei calça jeans e o coturno com o cadarço desamarrado.

O coturno de cano baixo foi meu coringa nesta viagem à Roma, pois me proporcionou pés quentes, com conforto e estilo.